Tin Toys - Assim começou a reciclagem no final do Séc. XIX |

Tin Toy acervo Museu dos Brinquedos

Em 1815 a França desenvolveu uma técnica de cortar, prensar e prender a folha de lata , no qual prensas cunhavam dezenas de partes de uma simples folha de lata. Rapidamente a Alemanha dominou esse processo, que se tornou industrial para fabricação de tin toys (brinquedos de lata) , pois eram muito leves e fáceis de trabalhar com maquinas pra produção em série. Essa manufatura deu início a reciclagem na França e Alemanha, e os catadores de latas já começavam a ganhar dinheiro com a procura da matéria prima no lixo, tornando os brinquedos ainda mais baratos e acessíveis. Latas descartáveis eram fundida pelos fabricantes, e o metal aproveitado era transfomado em folhas de flandres (fina folha de aço revestidas com estanho) , estampadas e cortadas nas formas desejadas e depois soldadas ou montadas por meios de fendas ou linguetas , ornamentadas  com pinturas antes de ser cunhados. Na década de 40, quase todos os tin toys de Portugal foram feitos com reutilização de latas de sardinha e azeite devido a dificuldade de importação de brinquedos. 

Robo dec. 60's Acervo Museu dos Brinquedos

Entre 1895 e 1914 a crescente produção da indústria de brinquedo de lata, acompanha e refletem a evolução nos meios de transportes, das carruagens aos automóveis, ônibus, bondes, primeiros aviões, submarinos, canhoeiras, trens e tanques armados. As empresas Alemãs exportavam para o mundo todo, e foram incorporando novas técnicas de pinturas, por imersão ou com spray, com detalhes pintados a mão, esmaltadas, stencil, transferidor de impressão, até 1880s, quando litografia Offset foi introduzida, tornando a produção ainda mais rápida e barata. 

Esses brinquedinhos de lata, litografados, foram a primeira tentativa de se fazer brinquedos em massa. Os penny toys, geralmente com tamanho até 10 cm, custavam um penny ( um centavo),  e eram usados como troco nas padarias ou vendidos na rua.  Embora produzidos em grandes quantidades, hoje, os poucos que restaram, valem uma fortuna. 

Depois da II Guerra, a Alemanha e o Japão receberam ajuda financeira para revitalizar suas economias, reavivando a indústria dos brinquedos de lata. O Japão assumiu a liderança de mercado com várias novidades como carrinhos a fricção e robôs a pilha, com luzes e sons entre outros. Os brinquedos de lata foram substituídos pelos de plástico no final da década de 60, devido a escassez de matéria prima, e as leis de segurança dos brinquedos que proibiram os de lata por causa das pontas e a ferrugem de um brinquedo em mau estado. 

tin Toy Acervo Museu dos brinquedos

Incentivados pelos altos valores, a Europa e EUA continuaram a produção para colecionadores, com os mesmos moldes e processos produtivos . Isso porque muitos desses brinquedos foram perdidos durante as Guerras, ou destruídos em grandes fogueiras após a segunda Guerra, numa repulsa a produtos alemães. 

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